Se você tem uma ideia de novo negócio, vou te explicar os 4 passos que você deve seguir para garantir que sua ideia vai dar certo e que as pessoas realmente queiram comprar o seu produto.
Ao final deste artigo, você vai ter tudo o que precisa: o know-how necessário para tirar sua ideia do papel!
A validação nada mais é do que entender se a ideia do produto que a gente tem é boa ou não.
E, para isso, a primeira coisa é entender (e ter muito claro) qual a dor essa ideia está resolvendo.
Todo produto ou serviço existe para resolver alguma dor.
Então... Qual é a dor? Qual o tamanho dessa dor? Quem são as pessoas que sentem essa dor?
Se você tem uma ideia e não sabe explicar qual a dor que ela resolve já pode considerar que essa ideia é péssima.
Mas calma! Vou te contar como ter uma boa ideia.
Basicamente, você só precisa olhar ao seu redor e observar onde as pessoas sentem dor. Se sua ideia está partindo de uma grande dor que você detectou, você já deu um bom primeiro passo para criar um produto pelo qual as pessoas queiram pagar.
Porém, não adianta resolver uma dor se ela for pequena, porque ninguém estará disposto a pagar por essa solução.
O aplicativo do Uber é um ótimo exemplo. Para ir de um lugar a outro, você pode usar seu carro, ir a pé, de ônibus ou de táxi.
A Uber simplifica tudo. Com ela, você tem o conforto de, por um preço acessível, saber exatamente quem está vindo te buscar e quando essa pessoa vai chegar.
Outro exemplo é o iFood. Sem o app, eu teria que pensar onde pedir comida, procurar o número do lugar, tenho que ter o cardápio físico em casa ou pesquisar até encontrar o cardápio, para enfim ligar e fazer meu pedido.
O iFood junta tudo: restaurantes, cardápios e entregadores. Com o celular na mão, você encontra o que quer comer, faz o pedido ali rapidinho e ainda consegue acompanhar a entrega.
O segredo não está somente na tecnologia, mas em entender a dor das pessoas e criar algo que faça a diferença.
No fim das contas, um bom produto é aquele que se torna indispensável.
Existe um jeito de garantir que uma empresa vai dar errado: quando ela resolve uma dor que não existe.
Não existe nada, nenhuma ferramenta, recurso ou técnica que convença alguma pessoa a pagar para resolver um problema que ela não tem (exceto enganar as pessoas, mas enganar também funciona só por um tempo).
Diante de uma dor real, dar certo é só uma questão de tempo e paciência até encontrar a solução ideal.
Além disso, a dor que você se propõe a resolver precisa ser compartilhada por um número relevante de pessoas. Assim, além de um bom produto, você terá um bom negócio — muitas pessoas pagarão pela solução que você oferece.
Ou... Quanto menos pessoas sentem essa dor, maior ela precisa ser e mais dinheiro as pessoas devem estar dispostas a pagar para resolvê-la.
Na prática, a gente enxerga isso naqueles produtos mais exclusivos, voltados para um público menor, mas com maior poder de compra.
Depois que você valida que a sua ideia é boa, o segundo passo é o desenvolvimento do MVP (mínimo produto viável) — a primeira versão do produto que será lançada.
Vou te mostrar como essa etapa costuma ser feita do jeito errado, porque é onde 99,99% dos empreendedores vão cometer o primeiro erro.
Validamos a ideia e então partimos para o desenvolvimento do produto. A tendência é querer criar o produto perfeito e encher de funcionalidades
Até que o produto fique impecável, para depois colocar para rodar. Mas isso só funciona bem em grandes empresas estabelecidas que já têm uma base de usuários.
Lógico que a gente sempre quer lançar e entregar o melhor produto para os clientes. Mas qual o propósito do MVP?
Como o produto ainda não existe, não tem como saber exatamente a forma como as pessoas vão querer usá-lo. A gente sabe qual é o problema, mas ainda não sabe qual a melhor forma de resolver.
O MVP serve para nos ajudar a chegar nessa informação.
Ele é o ponto de partida: as pessoas começam a usar, testar e dar sugestões.
Os feedbacks dos usuários que vão ditar o que de fato precisa ter no produto final.
E é importante responder rápido a esses feedbacks, sem precisar destruir e refazer tudo o que já foi feito.
Se para a primeira versão do produto você ficou seis meses desenvolvendo várias funcionalidades, existe uma enorme probabilidade de que você terá que deletar todas elas. Porque só depois você descobriu que as pessoas não queriam usar o produto dessa forma,
Na etapa do MVP, tudo o que temos são hipóteses. Baseadas no entendimento do cliente ideal, do mercado e da nossa experiência pessoal, mas ainda assim são hipóteses.
Quem vai mostrar o que é verdade ou não, o que funciona ou não são as pessoas utilizando o sistema, testando e pagando.
É arriscado desenvolver e criar algo baseado em hipóteses. Por isso, a ideia do MVP é ser o mínimo do mínimo.
É mais fácil você começar pequeno e ir expandindo com base no feedback e comportamento dos usuários.
Fato é que tudo o que vamos construir, oferecer e entregar deve ser baseado no que é melhor para o cliente, para os usuários.
A nossa missão é resolver uma dor... E quem melhor para dizer como fazer isso do que quem realmente sofre com esse problema?
Por isso, envolver essas pessoas no processo é essencial!
Grandes empresas já tiveram seus MVP´s.
O Facebook, por exemplo, era uma rede social exclusiva para estudantes de Harvard e funcionava como um diretório online. Os alunos podiam se conectar uns com os outros.
Mark Zuckerberg resolveu o problema de alunos que tinham dificuldade de se conectar na universidade e conquistou uma base fiel de usuários. Até expandir para outras universidades e se tornar o que é hoje.
Outro exemplo é o Airbnb. No começo, os fundadores apenas alugaram um colchão inflável na sala de estar do seu apartamento, oferecendo uma cama e um café da manhã para participantes de uma conferência em São Francisco.
Hotéis lotados e caros deixaram de ser um problema.
No início, seu produto não precisa ser perfeito.
O próximo passo é, naturalmente, buscar pelos primeiros usuários (os early adopters).
Essas pessoas precisam estar dentro do seu perfil de cliente ideal (ou seja, elas têm a dor que você está tentando resolver).
Além disso, precisam ter "fome" por inovação. Precisam gostar de novidades. O objetivo final é construir o melhor produto possível com a ajuda delas.
E isso só é possível a partir dos feedbacks.
O feedback tem um valor inestimável quando falamos em validar hipóteses, afinal, quando estamos começando um negócio tudo o que temos são hipóteses
Em resumo, essas pessoas vão usar o sistema/produto da melhor forma possível e vão dizer o que está funcionando, o que não está; o que pode ser retirado, o que não serve...
E como encontrar essas pessoas? A melhor forma é oferecer o produto de graça em troca da ajuda nos testes.
O incentivo deles será saber que existe um produto em desenvolvimento que, potencialmente, vai resolver uma grande dor que eles têm.
O ponto principal aqui é:
Buscar pessoas dispostas a testar o seu produto e te ajudar a desenvolvê-lo.
Assim, é possível entrar em um ciclo contínuo de feedback para tornar o produto cada vez melhor!
A gente pega esses feedbacks para ajustar e melhorar nosso produto a fim de criar uma nova versão e repetir o processo.
A parte mais legal é que, naturalmente, os primeiros usuários começarão a usar o produto para resolver o problema que têm. Então, o processo passa a acontecer organicamente.
Quando pelo menos uma pessoa estiver disposta a pagar pelo produto, é sinal de que ele está pronto pro mercado!
Agora é hora de falar sobre vendas — ou seja, vender o produto que já foi validado e testado.
Nesse momento, o ideal é buscar cada vez mais pessoas com o perfil do seu cliente ideal.
O objetivo é apresentar sua solução e educar essas pessoas sobre como o seu produto pode ajudá-las.
Aqui na Soviero, a gente sempre diz: existe o preço que se paga e o valor que se recebe. O valor, para o seu cliente, precisa ser proporcional ao preço que ele paga.
Tendo isso, você venceu a parte mais difícil de empreender: a jornada até o primeiro cliente.
Se você encontrou uma pessoa disposta a pagar, dá pra encontrar dez (fazendo exatamente o que fez pra achar a primeira, só que "vezes 10").
Se uma pessoa paga pelo seu produto, dez também vão pagar. Se dez pagam, cem também pagarão.
A chave é encontrar pessoas que tenham as mesmas características das que já pagam pelo seu produto.
E, claro, você estará constantemente evoluindo e melhorando o produto dentro daquele ciclo contínuo de feedback (que não acaba nunca!)
É a partir dos feedbacks que você pode garantir que vai estar sempre criando um produto cada vez melhor e que vai poder cobrar cada vez mais — à medida em que entrega cada vez mais valor para as pessoas!
Se você chegou até aqui, muito obrigada pelo tempo e disposição!
Vou adorar receber uma mensagem sua no nosso e-mail [email protected], vai ser um prazer falar com você.